Milhares de litros de combustível, todos os dias, saindo das refinarias e usinas direto para os postos, possibilitando o funcionamento orgânico da sociedade moderna. Com esse pressuposto, você já parou para pensar como funciona o transporte de combustíveis no Brasil? Toda a operação logística necessária para o abastecimento dos postos?
Além de ser um assunto bastante interessante, também traz informações preciosas – como os motivos para o aumento do preço do combustível na bomba. Preparamos um artigo especial para explicar a dinâmica da logística e transporte de combustíveis no Brasil, apresentando detalhes que vão te surpreender.
Como funciona o transporte?
O primeiro ponto é entender de onde sai o combustível. Há dois locais específicos: as refinarias produzem a gasolina e o diesel, enquanto o etanol e as diferentes formas de biocombustível ocorrem em usinas. Apesar de diferentes na sua produção, todos os combustíveis possuem um transporte similar para chegar até as distribuidoras e postos do gênero.
A maior parte de toda a logística de combustíveis no Brasil é realizada através do sistema rodoviário. Ou seja: uma alta porcentagem da gasolina, etanol e diesel que abastecem os veículos dos brasileiros é realizada por caminhões – que, precisam ter normas e regulamentações específicas para realizar o transporte dessa carga (veja abaixo).
Os meios hidroviários e ferroviários também ajudam na logística do combustível no Brasil. Há, ainda outro tipo de transporte: oleodutos e gasodutos, utilizados principalmente no repasse das refinarias e usinas para as distribuidoras de combustível – esse método, vale destacar, está concentrado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O único modal que não realiza o transporte desses produtos em território nacional é o aéreo.
Características do transporte
Há uma série de características dentro dos transportes de combustível no Brasil, principalmente regulamentações. O principal deles é em relação ao rodoviário: a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) define que determinados produtos transportados oferecem riscos à população ou ao meio ambiente, sejam inflamáveis, tóxicos, corrosivos, entre outros.
Os inflamáveis – onde entram os combustíveis – precisam seguir as normas da ANTT. Consequentemente, os motoristas que irão realizar o transporte de produtos do gênero precisam passar pelo curso MOPP – Movimentação e Operação de Produtos Perigosos. Além disso, as distribuidoras necessitam de várias regulamentações e certificados para operarem no país.
Em relação aos dutos e ao transporte ferroviário ou hidroviário, há outras normas específicas. Todas as situações de deslocamento, por qualquer modal, precisam de uma estratégia de logística das empresas – o que reflete diretamente no preço do combustível em determinados casos, trazendo quedas e (principalmente) aumento nas bombas de forma periódica.
Conclusão
A Agência Nacional do Petróleo (ANP), reguladora do mercado e transporte de combustível, em sintonia com outros órgãos, define as ‘regras do jogo’ no Brasil. Por outro lado, o processo linear dos transportes é menos burocrático: depois de extraído ou importado, o petróleo/material orgânico chega às refinarias/usinas, sendo repassados para as distribuidoras e/ou postos.
Os preços, horários e dinâmica ficam a critério das empresas de logísticas que realizam a operação de transporte. Dessa forma, governos e o próprio setor buscam encontrar meios de baratear os custos e um formato mais efetivo que transportar o produto pelas rodovias – como na Rússia, onde mais de 90% do transporte de combustível é feito por ferrovias ou dutos.
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