Já imaginou poder ampliar o seu negócio de tal forma que, além de receber carros para abastecimento no seu posto também fosse possível levar o combustível até os seus clientes? Pode parecer surreal a situação, mas em breve o delivery de combustíveis pode virar uma realidade no país. Será possível, em poucos cliques, acessar um aplicativo, fazer o pedido, pagar e ter o seu carro abastecido onde estiver.
Quer entender como este modelo de serviço vai funcionar e como adaptar o seu posto? Então continue a leitura.
Delivery de Combustíveis em fase de testes
Uma espécie de “ifood” de combustíveis já está funcionando em fase de testes em três bairros do Rio de Janeiro. A ideia da massificação do serviço é diminuir o preço dos combustíveis com a ampliação da concorrência do setor.
O serviço é incentivado pelo Governo que, recentemente, baixou uma medida provisória liberando a comercialização de combustíveis de outras marcas em postos bandeirados e autorizando a venda de etanol diretamente das usinas para os postos.
Atualmente, o modelo de delivery de combustíveis no Brasil é proibido, mas já é realidade em outros países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, por exemplo.
Como funcionaria?
Uma das primeiras regras que seriam implantadas é que apenas empresas com postos de combustíveis e veículos adaptados para ao processo teriam autorização para funcionar. No Rio a GoFit já tem feito sucesso. A empresa já tem feito abastecimento em marinas, com foco em barcos, lanchas, etc. Agora, começou a operar em três bairros do Rio. O serviço funciona 24hrs através de um aplicativo e é possível solicitar a compra que vai até o seu local para abastecimento.
Outra regra importante é que, além do delivery só poder funcionar para empresas autorizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o revendedor apenas poderia fazer a entrega dentro dos limites do município onde o posto está instalando.
Adequação e normas de segurança
O investimento para adequar o seu negócio ao delivery de combustíveis não é barato. Estima-se que com a compra do veículo e com os ajustes necessários para fazer um transporte com segurança, o valor inicial é de R$250 mil.
Estes carros não poderão transportar mais que dois mil litros por vez. Também não será possível o abastecimento em locais subterrâneos, como garagens, e ruas de muita circulação, onde seja proibido estacionar ou com pisos permeável ou semipermeável.
Outro ponto defendido é que o veículo contenha equipamento para realização da análise de amostra de combustível. O objetivo é verificar a sua qualidade em caso de fiscalização.
Além disso, o posto vai precisar de licenças de operação de órgãos específicos, como o Ibama, Inmetro e o Denatran. Por fim, a venda estará restrita a gasolina e ao etanol.
Autorização a um passo de distância
O processo de regulação do delivery já passou por audiência pública este ano. Os interessados no assunto enviaram suas sugestões de adequação e a ANP já está em fase de análise. Portanto, agora os pontos estão sendo estudados para ponderarem se vale ou não a pena implementar a nova regulação.
Apesar disso, o setor está de olho nessa questão. Ainda mais depois do atropelo do governo com a MP do etanol e da fidelidade à bandeira dos postos. A qualquer momento outra MP liberando a comercialização nesse formato pode entrar em vigor. Dessa forma, fique de olho!
Quer ficar por dentro destes e de outros assuntos? Então não se esqueça de nos acompanhar em nossas redes sociais: Instagram e Facebook.
Tags:delivery de combustíveis, posto de combustível