É mesmo o fim da fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis?

É mesmo o fim da fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis?

É mesmo o fim da fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis?

Já pensou se o posto bandeirado não tivesse obrigação de vender somente os combustíveis daquela distribuidora? E fazer delivery de gasolina, por exemplo – que tal oferecer esse serviço? Podem parecer questionamentos impossíveis, mas eles podem virar realidade em breve! Isto porque a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou uma minuta que prevê o fim da fidelidade à bandeira em postos e outros assuntos polêmicos no setor.

A proposta entrou em consulta pública e tem gerado muita polêmica. Você está por dentro do assunto? Então continue a leitura e entenda como este documento pode mudar a comercialização de combustíveis no seu posto.

É o fim da fidelidade à bandeira?

Quando a gente fala em posto bandeirado vem a cabeça aquele espaço que, além de exibir a marca do distribuidor, também fornece – por obrigatoriedade – os combustíveis dele, correto?

De acordo com a minuta aprovada pela ANP, a revenda, em contratos novos, não precisaria mais vender 100% de combustíveis daquela bandeira. Ou seja: seria o fim da fidelidade à bandeira contratada pelo posto. Mas afinal, como isso funcionaria?

O posto em questão poderia instalar uma bomba, ou um conjunto de bombas não-exclusivas aquela bandeira. Claro que essas bombas precisariam ter uma sinalização diferente. Afinal, o importante é não comprometer o entendimento do consumidor na hora da compra.

Hoje os pontos bandeirados correspondem a cerca de 45% da nossa fatia de mercado. Portanto, com a proposta aprovada, o cliente teria mais opções na hora de abastecer. O governo prevê que com isso, seja possível reduzir em até R$0,50 por litro o preço dos combustíveis. Assim, tornando mais competitivos os valores.

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Preço Simplificado nas bombas

Outro ponto do documento é a divulgação dos preços dos combustíveis nas bombas.  A ideia é divulgar duas casas decimais e não três como é feito hoje nos centavos. Simplificando o preço informado e dando mais clareza aos consumidores. Por exemplo, se hoje o valor da gasolina é de R$5,299, esse valor passaria para R$5,29 ou arredondado para R$5,30.

Delivery de combustíveis

Hoje, vender combustíveis fora das instalações do posto é proibido. Portanto, com a aprovação do documento, seria possível “uma nova forma de atuação na revenda, que permita a entrega fora das instalações do posto.”, de acordo com a ANP. Este tipo de comercialização já é feita em outros países. A ideia é flexibilizar o formato aqui no Brasil também.

Mudança nas regras de distribuição

Além de discutir pontos que vão impactar diretamente o consumidor final dos postos, a minuta pode mudar a realidade de empresas TRR (Transportador- Revendedor-Retalhista).

Hoje, este tipo de negócio é regulamentado pela ANP. E também é responsável pela comercialização de óleo diesel, lubrificante e graxa em grande quantidade para empresas rurais, indústrias e transportadoras.

A proposta, que está sendo discutida, também autoriza os TRR a comercializar em grande escala o etanol e a gasolina. O principal objetivo é aumentar a concorrência no setor.

Já o SindTRR (Sindicato Nacional Transportador Revendedor -Retalhista), em entrevista a Fecombustíveis, vê a flexibilização como um problema. Já que, de acordo com o sindicato, a aprovação pode facilitar as irregularidades no setor, a sonegação de impostos e dificultar o controle de fraudes.

Consulta Pública em curso

A proposta, sendo aprovada nas audiências públicas, mudaria venda de combustíveis no Brasil e a realidade do mercado. Além de favorecer os consumidores e as revendas. A audiência pública acontece no dia 07 de julho e está aberta para comentários. Também é possível fazer sugestões e participar – inclusive consumidores e usuários. Portanto, se você quiser saber mais sobre o assunto e sugerir ideias, acesse este link e conheça toda a programação.

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