A partir de julho, a gasolina comercializada em todo o país vai conter detergente dispersante. Ou seja: terá um mínimo de aditivação. A medida faz parte de uma resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que entra em vigor no dia 1º. Embora não implique mudanças tão significativas para os revendedores, toda alteração gera muitas dúvidas durante adequação. Por isso, o assunto será discutido no 11º Fórum de Debates sobre Qualidade e Uso de Combustíveis, que terá a presença da superintendente de biocombustíveis da ANP, Rosângela Moreira de Araújo, e do gerente de desenvolvimento de produto da Petrobras, Frederico Kremer.
Quando a medida entrar em vigor, na bomba, o consumidor continuará tendo duas opções de produto: a gasolina comum e a aditivada. Porém, ambas terão melhor qualidade em relação ao combustível comercializado atualmente.
– A aditivação de detergentes e dispersantes será mais um requisito de qualidade de gasolina. Ou seja: será benefício adicional para os consumidores – explica o gerente de Abastecimento do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Ernani Filgueiras.
A ANP informou que a mudança virá para atender à evolução tecnológica dos motores e, principalmente, oferecer um produto menos nocivo ao meio ambiente, uma vez que a gasolina vai reduzir as emissões de gases poluentes. Isso se deve à nova composição com menos enxofre.
Para os veículos, a medida deve trazer benefícios. O aditivo dissolve partes de parafina presentes no combustível, ou seja, serve para manter a linha de alimentação limpa – isso inclui peças como bomba, bico injetor, entre outras. Manter o motor limpo impede a perda de pressão das válvulas e ajuda a manter a potência do carro.
(Fonte: Monitor Mercantil)